sábado, 31 de maio de 2014

31/05/2014

Nos últimos dias tenho passado por uma agonia muito grande. Pedi ao pai da minha amiga para arrumar um emprego pra mim no serviço dele. Ele arrumou, fiz a entrevista e passei. Se eu fui realmente trabalhar? Não. Eu simplesmente dei prioridade à minha diversão e escola. Pensei nas férias que eu não teria, no sono que se acumularia, das notas baixas que poderia ter e no desgaste.

Fiquei dividida entre ajudar minha mãe com as contas de casa e minha adolescência... Preciso muito ajudar financeiramente, mas sinto que se começar a trabalhar agora, vou perder a melhor parte da minha vida. Sei que se queremos algo, devemos abrir mão de certas coisas. Não se pode ter tudo. Mas eu não estava preparada para aquilo. Não estava preparada para abrir mão daquilo que gosto e me sinto fraca e covarde por não conseguir "crescer". Assumir uma responsabilidade com 16 anos é algo normal para uma boa parte dos jovens com essa idade, então porque eu não consigo?! Acho que ainda espero algo. Vivia uma vida e me desprendi dela muito rapidamente, e acho que alguma parte de mim ainda espera voltar para ela, me impedindo de seguir adiante.

Sou pressionada para começar a trabalhar. É como se a mudança que minha família precisa dependa apenas de mim e isso me deixa angustiada e preocupada. Penso em milhares formas de ganhar dinheiro: vender doces, fazer unha, maquiagem, etc. Mas me falta apoio e minha própria iniciativa.

Me deixa triste pensar que há outros jovens com minha idade que não precisam sequer pensar em nada. Mais triste ainda fico quando me lembro que há jovens com minha mesma idade que possuem problemas muito maiores que o meu. A vida realmente não é justa. Mas lamentar não adianta nada... apenas piora a situação. O jeito mesmo é aceitar o que é e tornar sua realidade o mais confortável possível. É correndo atrás que se consegue o que quer. É lutando que se vence a luta. Por que se ficar parado, sua vida jamais mudará. Ainda estou aprendendo a viver isso, vou errar muitas vezes e outras acertar, pois a decisão está em minhas mãos.



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